Numa altura em que “performance” é a palavra-chave, o burn out, formalidade de passagem e diálogo, noção abstrata, é tempo de as coisas mudarem! A Empresa Liberada surge então como uma alternativa ambiciosa, a chave para uma gestão progressiva aberta à comunicação. Nunca o podemos dizer com demasiada frequência: a comunicação entre os serviços é essencial para o bom funcionamento das estruturas. Na verdade, só podemos deplorar esse esquema arcaico, para não dizer obsoleto, que se baseia na gestão hierárquica. Por que não combinar “performance” com “ambiente descontraído” apagando os limites estabelecidos por uma hierarquia muito rígida. O estereótipo do pequeno chefe de mente estreita não está mais tão longe da realidade como o empregado amador. É então que intervêm as Empresas Livres, quebrando finalmente os códigos dos negócios tradicionais.
Empresas Liberadas, o que são?
“Quando a liberdade dos funcionários faz o sucesso das empresas”. Este é o lema deste novo modo de gerenciamento 3.0. Seu princípio é simples: deixe os funcionários tomarem iniciativas individuais em vez de impor diretrizes seguidas de controles. Um modelo que se deixa guiar por um clima de confiança e reconhecimento oferecendo um estímulo ainda mais efetivo. É nesse ambiente que todos podem expressar suas habilidades em prol de um melhor desempenho. Esta liberdade “corporativa” é vista como um verdadeiro fator chave de sucesso, em desacordo com os ditames da gestão tradicional que conduzem as empresas à ruína num contexto económico frágil. Este modelo também promove o bem-estar no trabalho, um programa atraente para gestores e colaboradores! Se houver uma supressão do modelo hierárquico, a anarquia não encontrará seu lugar. As regras garantem o espaço de liberdade de todos para garantir o bom andamento e a coesão do grupo. Estando a autonomia no centro do sistema de gestão, os colaboradores têm liberdade para organizar por si próprios o seu horário de trabalho e definir os seus objetivos pessoais: uma fonte inesgotável de desafios!
Um conceito para uma empresa sem benchmarks?
Quem disse que a nova ideologia gerencial diz detratores! Embora muitas empresas já tenham adotado esse sistema, algumas são mais relutantes em dar crédito a ele. Um novo burburinho na mídia, uma tábua de salvação para empresas que estão afundando ou até mesmo uma visão de “urso zeloso” do mundo dos negócios, todas as desculpas são boas para recuar e, acima de tudo, para evitar a mudança a todo custo. A profusão de métodos gerenciais ainda nos convida a nos questionar, ainda temos que avaliar nossos objetivos para medir sua eficácia.
Eles o adotaram!
Harley Davidson Company, Kiabi, Michelin, Allo Resto ou mesmo a Maif… Estruturas duradouras e progressivas voltadas para o futuro. Uma visão carregada por líderes carismáticos como Jean Dominique Senard à frente da gigante Michelin, por trás do sucesso desta nova forma de gestão. Na verdade, trata-se de incorporar os valores que nortearão a empresa e seus colaboradores na mesma linha da comunicação interna. Compartilhar e aderir a esses valores visa apoiar a coesão, sempre nesse processo libertário.
Todos esses são sinais favoráveis para o perfil de uma empresa com rosto humano, que concilia performance e bem-estar.